domingo, 10 de maio de 2009

pomapomarola | Quando fazer igual é melhor do que inovar

Já imaginou se ao invés de servirem de influência, os filmes de Stanley Kubrick, Orson Welles, Alfred Hitchcock, Glauber Rocha, Federico Fellini e Woody Allen fossem apenas uma fonte a ser sugada na totalidade? Ao invés de mesclas dos grandes diretores com com a originalidade dos novos, haveria cartazes e mais cartazes de remakes nos cinemas espalhados pelo mundo. Nesse exato instante, existiriam várias pessoas refilmando, exatamente nos mesmos moldes, 2001 ou Cidadão Kane. Seria legal, né?
Suponho que qualquer um que tenha lido isso tenha respondido "não". Tá bom que um remake de um filmaço é melhor que muita porcaria por aí. Mas desse modo não haveria o risco de acertar, seria apenas todo mundo tentando o alvo que alguém já foi lá e fez o que tinha que fazer. Mas estamos isentos desse mundo de cópias ambulantes rodando por aí, pelo menos no cinema. Já na música...
Eu não sei como é nas outras cidades, mas em Fortaleza o que tem de gente ganhando a vida com o sucesso alheio não tá no gibi (só pra usar uma giria antiga hehe). E o pior, o povo dá mais valor a quem copia do que a quem cria. Faz uns bons 20 dias, teve show dos Móveis Coloniais de Acaju por aqui (vendeu "muito bem" segundo a mulher da loja que tava vendendo os ingressos e que estava espantada com a popularidade da banda) e eu estive presente. O bar onde o show aconteceu é um dos principais locais pra ver shows cover. O local tava realmente cheio, com muitos fãs e os perdidos que procuravam a balada cover do fim de semana e cairam lá ao acaso.
Já na última sexta eu voltei ao tal bar, dessa vez pra ver um cover. Tenho por filosofia ignorar bandas cover, a não ser das bandas que é meio impossível de ver de verdade ao vivo e covers de bandas óbvias, tipo Beatles ou Legião. A banda fazia cover de Arctic Monkeys. Cover bom. Instrumental e voz muito parecidas com o original. Mas eram apenas cópias. No entanto, o show lotado dos Móveis parecia um lugar com pouca gente perto do que tinha de gente gritando alucinadamente no show de sexta passada. Como alguém se empolga de tirar fotos e gravar vídeos de uma reca de desconhecidos apenas por estarem cantando músicas que você conhece? Estranho, muito estranho. Pra não dizer bizarro mesmo. Pior do que isso, só o vocalista agradecendo com "thank you" a cada fim de música -acho que era parte do personagem.
E não percam próxima sexta Mettalica e, nos cinemas, "Splash-uma sereia em minha vida" versão tupiniquim com Dan Stulbach no papel principal e Carla Perez no papel da mulher com rabo.

5 comentários:

Unknown disse...

É vou ter que concordar, foi um comentário feliz. E em relação a questão de cover, eu tb só vou nos que eu gosto muito e que não tenho vomo ver!

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Post ácido, mas um pouco injusto. A banda em questão (Móveis Coloniais de Acauju) é realmente um destaque. Contamos nos dedos o que realmente acontece de bom, musicalmente, nesse país. E é por isso que bandas como essa tornam-se imaculadas, assim como Los Hermanos, que mesmo na "ativa", possuem lá suas versões covers por aí. Então te digo, com todo respeito.. 90% do que é feito aqui, é REALMENTE RUIM... e é por isso que as pessoas simplesmente preferem admirar quem fez e fez bem feito. As bandas covers teem seus custos, além de ajudar a banda master a vender mais. É fato. Mas te digo... A Móveis Coloniais de Acaju, absolutamente, é algo que vale a pena nessa terra de onde deus e o diabo degladiam-se.

Paolla disse...

Não acho que a apresentação do cover do Actic Monkeys estava "lotado" devido ao fortalezense dar mais crédito a bandas covers, acredito que seja porque nós, os brasileiros, temos quase como filosofia aquele velho ditado: "de graça até injeção na testa", mas achei que tu foste muito feliz em colocar a foto do Biquíni Cavadão como referência ao post, essa sim é uma banda que ganha a vida com o sucesso alheio.

Anônimo disse...

Vishh como a Ana Paula escreve bonito neh
hauiahiuahauiahui
cabeçããão
=*